João Agostinho: “Nada fazia prever um desfecho tão inglório”

João Agostinho(João Agostinho cumpriu a quarta temporada seguida ao serviço do Torcatense, por quem tinha alinhado sempre no Campeonato de Portugal.)

Depois de três épocas consecutivas em que segurou a manutenção no Campeonato de Portugal, o Torcatense não conseguiu, este ano, cumprir o seu objetivo, e está de regresso aos Distritais da AF Braga.
O clube da vila de São Torcato, concelho de Guimarães, fez, praticamente, toda a temporada fora da “linha de água”, mas quando lá entrou, a três jornadas do fim, não mais de lá saiu e acabou por não evitar a descida.
João Agostinho, central dos vimaranenses, esteve à conversa com o “Conversas Redondas”, começando por dizer que a época não correspondeu às expetativas e que nada fazia prever o desfecho inglório que o Torcatense teve:
“Foi uma época muito abaixo das nossas expectativas. O desaire na primeira eliminatória da Taça de Portugal, com uma equipa dos Distritais, foi um prenúncio daquilo que, infelizmente, viria a acontecer, com a nossa descida de divisão. Apesar de ter sido um ano difícil, com algumas condicionantes, nada fazia prever um desfecho tão inglório”, disse.
Décimo quarto classificado da Série A, com 29 pontos, o Torcatense somou oito vitórias em trinta e dois jogos, aos quais juntou cinco empates e dezanove derrotas, tendo marcado vinte e nove golos e sofrido sessenta.
Num campeonato em que nunca conseguiram, por exemplo, somar duas vitórias consecutivas, os “alvi-negros” andaram, ainda assim, sempre fora da “zona proibida”, mas quatro derrotas nas últimas quatro jornadas, atiraram com o Torcatense para os lugares de descida, situação que os Homens de São Torcato não conseguiram inverter.
João Agostinho salienta que a falta de consistência e regularidade penalizou a equipa, que, depois de entrar na “linha de água”, não conseguiu responder positivamente:
“Fazendo uma reflexão sobre a nossa época, penso que terá sido essa falta de consistência e regularidade que nos penalizou, e ditou a nossa descida. Nunca fomos capazes de nos afastarmos da zona de descida, como nas épocas transactas, e quando realmente, nas últimas quatro jornadas, entramos na fatídica zona, já não tivemos capacidade de resposta”, afirmou.
A participação do Torcatense na Taça de Portugal durou apenas noventa minutos, com os vimaranenses a serem derrotados pelo Vila Real (1-2), que militava nos Distritais.
Sobre os momentos da época, João Agostinho destaca, pela positiva, o facto do Torcatense ter empatado os dois jogos que realizou diante do Vizela, que venceu a Série A e se apurou para o Play-Off de subida:
“O pior momento está intimamente ligado ao jogo onde matematicamente ficamos despromovidos. O melhor momento, vou dividir pelos dois jogos contra o Vizela, onde contra uma excelente equipa, fizemos dois belos jogos, e mostramos que tínhamos mais que valor para ficar nesta divisão”, elegeu.
Ao serviço do Torcatense pela quarta época consecutiva, João Agostinho realizou trinta e dois jogos no campeonato, nos quais apontou quatro golos.
O central afirma que, em 2019/2020, vai continuar no clube de São Torcato, que terá como único objetivo lutar pelo regresso ao Campeonato de Portugal:
“Na próxima temporada, vou continuar no GDU Torcatense, com o objectivo de voltarmos aos Campeonatos Nacionais. A minha ambição no futebol, é desfrutar sempre o máximo possível”, concluiu.
João Agostinho, de 33 anos, começou a jogar futebol precisamente no Torcatense, nos Infantis, com dez anos, de onde se mudou para o Vitória de Guimarães, clube que representou durante quatro épocas. Depois disso, passou por Amigos de Urgeses e Moreirense, completando a formação ao serviço do emblema “axadrezado”. Como sénior, já representou Águias da Graça, Vilaverdense, Joane e Varzim, tendo chegado ao Torcatense em 2015.

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