(Ronaldinho, pelo Flamengo, defrontou o Real Potosí no Play-Off de acesso à fase de grupos da Libertadores em 2012.)
É o fim da linha para o Real Potosí: o emblema boliviano não conseguiu saldar a dívida que tinha no valor de aproximadamente 450 mil dólares, e os seus dirigentes anunciaram a falência esta terça-feira.
Esta decisão surge dois meses depois do clube ter caído à II Divisão da Bolívia, algo que nunca tinha acontecido: fundado em 1986, o “León Imperial” chegou ao topo do futebol boliviano em 1998, e de lá para cá manteve-se sempre no primeiro escalão.
Vencedor do Torneo Apertura em 2007, o Real ganhou reconhecimento internacional por ter disputado as provas da CONMEBOL: com seis participações na Copa Libertadores (2002, 2007, 2008, 2009, 2010 e 2012) e quatro na Copa Sudamericana (2007, 2013, 2015 e 2016), a formação de Potosí “mediu forças” com clubes como Cruzeiro, Flamengo, Palmeiras, San Lorenzo, Colo-Colo ou Peñarol.
Na última vez em que disputou uma competição internacional, em 2016, o Real Potosí alcançou o seu melhor registo na Copa Sudamericana, 2ª Eliminatória, sendo que na Libertadores o melhor que conseguiu foi participar na fase de grupos por três vezes – na última presença na prova, em 2012, não conseguiu superar o Flamengo de Ronaldinho no Play-Off de acesso à fase de grupos.
Contudo, no mesmo dia em que um ciclo se encerrou, outro se iniciou: a administração do Real Potosí comprou um clube nos arredores da cidade, o Felipe Hartmann, por sete mil dólares, e vai recomeçar do zero no Campeonato Regional de Potosí com o objetivo de rapidamente voltar ao topo do futebol bolíviano.
Curiosamente, o início do clube em 1986 também resultou de uma fusão: a Academia de Fútbol Real Potosí juntou-se ao antigo clube do Banco Minero (BAMIN) da Bolívia, que foi fundado a 20 de Outubro de 1941, e passou a chamar-se BAMIN Real Potosí, sofrendo, anos depois, a alteração no nome que se manteve até agora – Club Real Potosí.
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