Vencer a Champions e a Libertadores: David Luiz junta-se ao clube

(David Luiz celebrou ontem a conquista da Copa Libertadores pelo Flamengo, dez anos depois de ter sido Campeão da Europa pelo Chelsea.)

Numa final inteiramente brasileira, o Flamengo derrotou este sábado o Athletico Paranaense, por 1-0, e conquistou a terceira Copa Libertadores da sua história, valendo o golo solitário de Gabriel Barbosa para o “Mengão” derrotar a equipa orientada por Luiz Felipe Scolari e repetir o êxito alcançado por Jorge Jesus em 2019.
Entre os futebolistas vencedores, há um que entrou diretamente para uma restrita lista de jogadores que já conquistaram a Liga dos Campeões e a Libertadores: David Luiz, nosso bem conhecido, tornou-se ontem no décimo quarto atleta a festejar as duas competições, juntando-se a vários nomes ilustres como Ronaldinho, Neymar, Dida, Tévez, Cafú ou Rafinha.
Depois de ter ganho a Champions League pelo Chelsea, em 11/12, o central brasileiro pôde então ontem conquistar a Libertadores, sucedendo na lista a Willy Caballero: o guardião argentino triunfou por duas vezes na maior prova de clubes da América do Sul ao serviço do Boca Juniors, em 2001 e 2003, e há duas temporadas venceu a “prova milionária”, precisamente com a camisola do Chelsea.
Mas tudo começou com Juan Pablo Sorín: em 1996, o argentino foi o primeiro jogador a vencer as duas competições, e, até hoje, continua a ser o único a consegui-lo no mesmo ano. Contratado pela Juventus para a época 95/96, o esquerdino alinhou apenas 45 minutos diante do Dortmund na fase de grupos da Champions, suficientes para ganhar uma medalha, e em Janeiro seguiu para o River Plate, ajudando os “millonarios” a vencer a Libertadores.
Também vencedor pelo River Plate em 1996, Santiago Solari haveria de ser Campeão Europeu pelo Real Madrid em 2002; e continuando na senda dos argentinos, Walter Samuel triunfou por Boca Juniors em 2000 e pelo Inter de José Mourinho em 2010; enquanto Carlos Tévez precisou de cinco anos para conquistar os dois títulos mais desejados a nível de clubes: Libertadores pelo Boca em 2003 e Champions pelo Manchester United em 2008.
Pelo AC Milan, três brasileiros “tocaram o Céu da Europa” depois de terem conquistado a América do Sul: Dida venceu a Libertadores pelo Cruzeiro em 1997 e foi Campeão Europeu em 2003 e 2007; Roque Júnior conquistou a prova sul-americana com a camisola do Palmeiras em 1999 e a Champions em 2002; e Cafú foi Bi-Campeão da Libertadores pelo São Paulo, 1992 e 1993, e Campeão da Europa em 2007.
Vencedores da Libertadores pelo Santos em 2011, Neymar e Danilo juntaram-se a esta lista em anos consecutivos e por clubes rivais: o primeiro ajudou o Barcelona a levantar a “orelhuda” em 2015, e o lateral contribuiu para duas conquistas consecutivas do Real Madrid em 2016 e 2017; também pelo Barça, Ronaldinho foi Campeão Europeu em 2006, sete anos antes de ser Campeão Sul-Americano pelo Atlético Mineiro; Rafinha venceu primeiro pelo Bayern, em 2013, e depois pelo Flamengo, na tal vitória em 2019; e por fim, Ramires ajudou Abel Ferreira a ganhar a sua primeira Libertadores pelo Palmeiras em 2020, ele que tinha sido Campeão da Europa ao lado de David Luiz no Chelsea.
A lista de jogadores que lograram conquistar estas duas provas continua a aumentar anualmente, mas o grau de dificuldade, naturalmente, manter-se-á sempre elevado.