Cartão de Memória: Zito

zito(Vitória SC, Belenenses e Chaves foram os clubes de Zito na I Liga.)

Extremo rápido e evoluído tecnicamente, Zito atingiu o principal patamar do futebol português na década de 90, tendo passado quatro épocas na I Liga ao serviço de Vitória SC, Desportivo de Chaves e Belenenses.
Natural de Malange, Angola, foi formado maioritariamente no Amora – teve ainda uma curta passagem pelo Ginásio de Corroios -, e foi precisamente nos azuis e brancos que foi promovido a sénior, integrando o plantel que disputou a Série F da III Divisão 89/90, época onde viria a ser orientado por um tal de… Jorge Jesus.
Após mais uma temporada nos amorenses e com JJ, mudou-se para o Seixal em 1991, e no ano seguinte reforçou o Malveira, clube onde se afirmou a ponto de justificar o “salto” para a I Divisão: autor de treze golos em vinte e nove jogos na Zona Centro da II Divisão B, Zito mereceu a confiança do Vitória e transferiu-se para Guimarães com 22 anos.
A sua estreia no primeiro escalão aconteceu à 8ª Jornada de 93/94, em Alvalade, com o luso-angolano a ser lançado por Bernardino Pedroto aos 62 minutos de um jogo que terminou com vitória leonina (0-3). Apesar da estreia marcante, só fez dez jogos pelos vimaranenses, nove no Campeonato e um na Taça e todos como suplente utilizado, e na temporada seguinte foi cedido ao Chaves.
Nos flavienses, Zito apontou dois tentos em vinte e sete encontros (esses dois golos valeram um total de três pontos –  1-1 vs. U. Leiria e 1-0 vs. U. Madeira), ajudou a sua equipa a permanecer no topo do nosso futebol, mas acabaria por baixar um escalão em 95/96, sendo emprestado pelo Vitória ao Paços de Ferreira que estava na II Liga.
O regresso à I Liga aconteceu logo no ano seguinte, “pela mão” do Belenenses, e o extremo afirmou-se como titular no Restelo (dezoito dos vinte e seis jogos que fez foram nessa condição e dois dos quatro golos que marcou foram nas Antas e em Alvalade), numa equipa recheada de excelentes jogadores, como Caetano, Lito Vidigal, Barny, Rui Esteves, Paulo Madeira, Amaral, Paulo Fonseca, Filgueira, Andrade ou Rogério e que teve dois treinadores míticos nessa época: Quinito e Vítor Manuel.
Em 97/98, entrou no último ano de contrato com o Vitória, mas nunca foi opção na “Cidade Berço” e na segunda metade da época rumou novamente ao Chaves, por quem viria a fazer apenas três partidas antes de terminar a ligação aos minhotos e encerrar a sua participação na I Liga. Posteriormente, regressou ao Belenenses, então na II Liga, e ainda representou Sp. Espinho, Paredes, Operário, Canelas, Sandinenses e Seixal antes de encerrar a carreira em 2004 – foi também internacional A por Angola em quatro ocasiões e disputou o CAN 1998.
No dia em que Helmer da Piedade Rosa, vulgo Zito, celebra o seu 51º aniversário (03/07/1971), fica aqui o nosso reconhecimento a um dos bons jogadores que passaram pelo topo do futebol português na década de 90.