Maldivas: a prova de que onde há futebol, há portugueses

maldivas(Simão Costa e Eduardo Gonçalves são os representantes do nosso futebol nas Maldivas.)

“Em cada canto do Mundo, há, pelo menos, um português”. Todos nós já ouvimos esta expressão, e podemos perfeitamente adaptá-la ao futebol: é que em qualquer sítio onde se pratique o “desporto rei”, há portugueses.
É assim, por exemplo, nas Maldivas: comummente associado a um destino paradisíaco, aquele País asiático tem, de facto, pouca expressão no futebol, mas recentemente apostou na contratação de treinadores lusos, um para ajudar a sua principal Seleção, e outro para trabalhar nas Seleções jovens.
Simão Costa, de 46 anos, foi anunciado na semana passada como treinador-adjunto da Seleção A Maldiviana, onde vai coadjuvar Francesco Moriero, antigo médio internacional A pela Itália (esteve no Mundial 1998 e participou em quatro jogos) e que representou clubes como Lecce, Roma, Inter e Nápoles.
Também ele um antigo futebolista, Simão Costa, avançado de posição, teve passagens por Santa Clara, Sintrense, Mafra ou Olivais e Moscavide, jogou ainda na Coreia do Sul, na Itália e na Suíça, e os seus trabalhos mais recentes enquanto treinador foram justamente em terras helvéticas ao comando de Coffrane e Béroche-Gorgier, de onde saiu em Novembro último.
Uns meses antes, em Setembro, a Federação de Futebol das Maldivas já tinha recebido um técnico luso: Eduardo Gonçalves, de 37 anos, iniciou a época a orientar o Mirandês no Distrital da AF Bragança, mas acabou por aceitar o desafio de voltar novamente à Ásia – já tinha treinado quatro anos na China -, agora para trabalhar com os Sub-17 e Sub-19 das Maldivas.
De resto, a relação das Maldivas com o futebol português iniciou-se em 2003: os dirigentes maldivianos apostaram no Professor Neca para Selecionador A e o técnico luso fez história ao conseguir a maior vitória do País (12-0 à Mongólia), além de ter empatado com a Coreia do Sul (0-0), orientada por Humberto Coelho, na qualificação para o Mundial 2006 – e em 2017 foi a vez de Bernardo Tavares rumar ao Oceano Índico para orientar o New Radiant, clube que ajudou a ser Campeão Nacional e que deixou antes da época acabar.