Roberto Martínez: o espanhol que se formou no Reino Unido

robertomartinez(Roberto Martínez foi esta manhã apresentado pela Federação Portuguesa de Futebol.)

Está desfeito o mistério: Roberto Martínez, espanhol de 49 anos que orientou a Bélgica entre 2016 e 2022, é o substituto de Fernando Santos no comando da Seleção Nacional, tendo sido oficialmente apresentado esta manhã na Cidade do Futebol.
“Carrasco” de Portugal no Euro 2020 (ganhou 0-1 nos Oitavos-de-Final), Martínez destacou-se, principalmente, pelo terceiro lugar obtido no Mundial 2018, contudo, depois disso, os belgas não conseguiram dar seguimento a essa façanha e no último Campeonato do Mundo ficaram pelo caminho na fase de grupos, desempenho que precipitou a saída do técnico.
Mas quem é, afinal, o novo Selecionador português? Nascido em Balaguer a 13 de Julho de 1973, Roberto Martínez fez uma bonita carreira enquanto jogador, trajeto que iniciou ao serviço do clube da sua terra e ao qual deu continuidade no Saragoça, onde além de completar a formação, também fez a transição para o futebol sénior, representando a equipa B dos aragoneses até regressar ao CF Balaguer na temporada 94/95.
Após essa época no emblema onde tudo começou, o médio defensivo aceitou o convite do Wigan e rumou ao terceiro escalão inglês longe de imaginar que tinha acabado de tomar a decisão que lhe iria mudar a vida para sempre: após seis anos nos “latics”, rumou aos escoceses do Motherwell; regressou a Inglaterra para representar o Walsall (onde foi companheiro do português Jorge Leitão); posteriormente cumpriu três épocas no Swansea; e encerrou a carreira nos ingleses do Chester em Fevereiro de 2007.
Então com 33 anos, o espanhol, que se encontrava a jogar na League Two, quarta divisão, recebeu o convite para orientar o Swansea na League One e de pronto aceitou, conseguindo a subida logo na temporada seguinte, 07/08, e afirmando-se em definitivo durante 08/09, quando guiou os galeses à oitava posição no Championship, a apenas seis pontos dos lugares de play-off.
O desempenho nos “swans”, valeu-lhe a desejada mudança para a Premier League, onde cumpriu quatro temporadas consecutivas no Wigan e fez história ao conquistar a única Taça de Inglaterra da história do clube numa época em que até acabou por descer de divisão, 12/13, mudando-se de seguida para o Everton, onde esteve durante três anos até rumar à Bélgica.
Agora, este espanhol que desportivamente se formou quase na totalidade no Reino Unido, tem a missão de guiar Portugal e o objetivo passa, obviamente, por conseguir aquilo que não fez com a Bélgica: ganhar troféus.