Salamanca – Deportivo: quando o passado de nada serve

(Momento do Salamanca – Deportivo desta tarde.)

Salamanca e Deportivo Corunha, mais do que os clubes que Pedro Pauleta representou em Espanha, são dois emblemas que fazem parte da história do futebol espanhol e que, atualmente, andam bem longe dos tempos em que fizeram furor na La Liga.
Declarada extinta em 2013, a UD Salamanca é hoje representada pelo Salamanca CF UDS, que é o seu “herdeiro legítimo” depois de em 2017 ter comprado, por exemplo, a marca, o emblema e os troféus do antigo clube, jogando igualmente no Estádio Helmántico, o recinto onde na década de 90 muitos portugueses brilharam de preto e branco.
Já o Depor, que em 2000 “tocou o céu” ao ser Campeão Espanhol e que na Liga dos Campeões fez campanhas assinaláveis, entrou em decadência precisamente na década de 2000 e não mais conseguiu estabilizar, tendo caído, na época passada, para a II Divisão B, depois de em 17/18 ter descido para a II Liga.
Emparelhados no Grupo A do Grupo 1 da II Divisão B Espanhola da corrente temporada, Salamanca CF UDS e Deportivo encontraram-se esta tarde no Helmántico e não saíram do nulo, resultado que não interessou a nenhuma das equipas: os da casa mantêm-se na última posição somente com 4 pontos em 9 jogos; e os deportivistas caíram para o 3º lugar com 16 pontos em 10 jornadas.
Neste histórico confronto participou um português, o avançado Rui Costa, ex-jogador de Varzim, Portimonense e FC Porto B, que representa o Deportivo; e ainda um jogador bem conhecido do nosso futebol, o extremo ganês Ernest, que passou, entre outros, por Rio Ave e Moreirense.
Com objetivos diferentes na tabela, Salamanca e Deportivo não estão a conseguir corresponder totalmente ao que era esperado, num campeonato que é liderado pelo… Unionistas de Salamanca. Isso mesmo: em 2013, aquando da extinção do principal clube da cidade, foram de imediato fundados dois emblemas em Salamanca, que agora são adversários…
Para a história, fica então o resultado entre um “novo” Salamanca e um Deportivo que são a prova viva que o passado de nada nos vale na atualidade.