Platiny: o talismã do Chaves

Platiny(Platiny leva três jogos consecutivos a marcar… e a ganhar. Créditos de imagem: facebook do GD Chaves.)

Há um nome em destaque na recente recuperação do Chaves: os flavienses somam três vitórias consecutivas na II Liga e o avançado brasileiro Platiny marcou em todos esses triunfos, afirmando-se, podemos dizer, como talismã da equipa.
Naquela que é a sua segunda passagem pelos “Valentes Transmontanos”, Platiny estreou-se a marcar na atual época logo no primeiro jogo que fez para o campeonato, na receção ao Leixões (1-1), e enfrentou depois um “jejum de golos” que acabou há duas semanas e se tem vindo a prolongar para bem do jogador e do Chaves.
Tudo começou na Covilhã no passado dia 5 deste mês: após quatro jogos consecutivos sem vencer, o Chaves ganhou por 2-0 e viu Platiny fixar o resultado final, aos 74′, depois de assistir Wellington para o primeiro golo; há uma semana, na deslocação à Académica, o brasileiro abriu o ativo aos 21′ e os flavienses triunfaram por 2-1; e ontem, contra o Farense, em casa, Platiny fez o 2-0 aos 25′ – o melhor que os algarvios conseguiram foi reduzir para 2-1 já nos descontos.
Com estas três vitórias seguidas, o Chaves chegou aos 23 pontos e deu, naturalmente, um “salto” na tabela, estando agora no 5º lugar em igualdade pontual com mais três equipas – Penafiel, Nacional e Mafra -, depois de um início de época inconstante, no qual averbou apenas três triunfos nas primeiras doze jornadas.
Quanto a Platiny, em Portugal desde 2012, esta é a terceira vez que fatura em três jogos consecutivos no nosso País, a segunda pelo GD Chaves: em 14/15, ao serviço do Aves, na II Liga, festejou semanalmente perante Beira-Mar, Farense e Portimonense; e em 19/20, já pelos transmontanos, marcou e assistiu contra o FC Porto, para a Taça da Liga, e de seguida “picou o ponto” diante de Vilafranquense e Cova da Piedade também no segundo escalão – curiosamente, só esta época é que ganhou os três jogos seguidos em que marcou.
Atualmente com 31 anos, Higor Platiny teve a sua melhor performance goleadora na temporada 15/16: então ao serviço do Feirense, o futebolista, nascido em Goiânia, apontou 17 golos na II Liga e contribuiu decisivamente para a subida dos “Azuis da Feira” ao primeiro escalão.

Fábio Fortes: depois da tempestade vem sempre a bonança

fabiofortes(Fábio Fortes esteve cerca de três meses sem poder treinar e jogar.)

Lá diz o ditado que “depois da tempestade vem a bonança”, e, no caso de Fábio Fortes, esta sabedoria popular aplica-se perfeitamente: o ponta de lança da Académica esteve três meses afastado dos relvados devido a suspeitas de problemas cardíacos, e quando voltou a jogar fê-lo em grande estilo, apontando um golaço de pontapé de bicicleta.
Reforço da “Briosa” para a atual temporada, Fábio Fortes foi suplente utilizado no primeiro jogo oficial de 21/22, em casa do Portimonense para a Taça da Liga, mas dias depois seria afastado dos treinos por decisão do departamento médico da Académica, que teria detetado, alegadamente, uma insuficiência cardíaca no atleta.
A situação provocou um natural desentendimento entre clube e jogador, que se arrastou até quase ao final do mês passado, quando o emblema de Coimbra, através das suas redes sociais, anunciou que após uma avaliação rigorosa, o Centro de Medicina Desportiva e a equipa médica do clube emitiram parecer positivo quanto ao regresso do avançado à competição.
Convocado por João Carlos Pereira para a receção ao Nacional, que ocorreu na passada segunda-feira a contar para a Jornada 10 da II Liga, Fábio Fortes entrou ao minuto 82 quando a sua equipa perdia por 0-2, e foi já nos descontos da partida que, após cruzamento de Jonathan Toro, assinou uma autêntica obra de arte, celebrando o seu regresso da melhor maneira possível apesar da derrota (1-2).
Formado entre Sporting e Real SC, o ponta de lança, que passou pelo Vitória SC no início da sua carreira sénior, destacou-se entre Campeonato de Portugal e II Liga durante cinco épocas consecutivas, provando a sua veia goleadora ao serviço de Benfica de Castelo Branco (treze golos), Penafiel (vinte) e Arouca (vinte e sete), tendo tido, na temporada passada, a sua primeira experiência no estrangeiro, dividida entre Hermannstadt da Roménia e Busaiteen Club do Bahrain.
Agora, ultrapassado que está o suposto diferendo com a Académica e esclarecida a sua situação clínica, Fábio Fortes, de 29 anos, tem caminho livre para voltar a fazer uma época proveitosa em termos de jogos e golos.

Benfica B: meninos do Seixal imparáveis na liderança

slbb(A equipa B do Benfica está a ter o melhor arranque da sua história na II Liga.)

Os números não mentem: com sete vitórias em dez jogos na II Liga – mais dois empates e uma derrota -, a equipa B do Benfica está a ter o melhor arranque da sua história no segundo escalão, competição que disputa continuadamente desde a temporada 12/13.
A formação benfiquista venceu ontem em Matosinhos, o Leixões, por 2-1, e não só averbou o quarto triunfo consecutivo, como aumentou a vantagem para os mais diretos perseguidores em virtude do empate entre Feirense e Casa Pia, agora 2º e 3º respetivamente, e da derrota caseira do Rio Ave ante o Académico de Viseu (1-2) que tirou os vilacondenses da zona de subida.
Com uma entrada demolidora no campeonato, os encarnados golearam o Nacional, recém despromovido, por 5-0 na primeira ronda, foram vencer a Penafiel (1-0) e alcançaram três vitórias em outros tantos jogos na receção ao Trofense (2-1), antes de terem aquele que é, até agora, o ciclo menos positivo da época: três partidas sem vencer que resultaram duma derrota no terreno do Casa Pia (2-4) e de empates diante de Covilhã (casa, 0-0) e Farense (fora, 2-2).
Depois disso, o Benfica B voltou ao caminho certo e fez o pleno neste mês de Outubro, vencendo todos os quatro jogos que realizou: depois de ter batido o Chaves, no Seixal, por 3-1, no passado dia 3, a turma lisboeta só voltou a entrar em ação na última semana e venceu os três jogos que teve pela frente, diante de Académica (casa, 3-1), Varzim (fora, 2-0) e Leixões.
Com 23 pontos, os meninos do Seixal seguem isolados na liderança da II Liga e superaram ontem o registo alcançado em 16/17, pelos comandados de Hélder Cristóvão, que ocupavam, ao fim de dez jornadas, o terceiro lugar com 21 pontos; sendo que a terceira melhor marca é agora a de 18/19: numa campanha que começou com Bruno Lage, o Benfica B dividia a vice-liderança com o Famalicão à 10ª Jornada e somava 20 pontos.
A equipa de Veríssimo só não superou o registo de golos marcados e sofridos ao fim de dez jogos: os 22 golos já apontados em 21/22 igualaram a marca de 13/14, também sob o comando de Hélder Cristóvão, mas os melhores números continuam a ser os de 12/13, 24 golos, então com Norton de Matos a treinador; enquanto que no capítulo defensivo, atualmente a equipa B do Benfica tem dez golos consentidos, contagem ligeiramente maior do que o “recorde”: em 18/19, a tal equipa de Bruno Lage, sofreu apenas sete golos em dez encontros.
Em dez jogos, Nélson Veríssimo já utilizou 29 jogadores, mas apenas três participaram em todas as partidas: Úmaro Embaló, Henrique Araújo e Martim Neto são os mais utilizados pelo técnico, sendo que o primeiro é o jogador com mais minutos, 807, e o segundo é o melhor marcador da equipa com seis golos.

Oliveirense – Portimonense: quando Wilson Eduardo deu a subida aos algarvios

Portimonense2010(Yero, com o número 29, corre para junto dos adeptos do Portimonense onde já se encontrava Wilson Eduardo e alguns dos seus colegas.)

Visitar Oliveira de Azeméis e a Oliveirense será sempre motivo de alegria para os adeptos do Portimonense: foi no Estádio Carlos Osório, em 2010, que os algarvios puseram fim a um hiato de vinte anos sem marcarem presença na I Liga e consumaram a subida na derradeira jornada da Liga Vitalis com triunfo por 1-0.
A II Liga em 09/10 decorreu bem ao seu estilo: equilibrada, animada e incerta até ao final. Prova disso é Beira-Mar e Portimonense terem sido promovidos com os mesmos pontos, 54, somente com dois de avanço para o Feirense, que terminou em terceiro; três para o Santa Clara que foi quarto; e cinco para a Oliveirense que acabou no quinto posto.
À entrada para a última jornada, estes cinco clubes tinham todos boas hipóteses de acabarem a época a festejar, mas nenhum jogo era tão prometedor como aquele Oliveirense – Portimonense apitado por Pedro Proença: frente a frente estavam dois adversários diretos, separados por dois pontos, e a pressão existia para ambos os lados, embora os algarvios estivessem ligeiramente mais pressionados dada a vantagem na tabela.
As contas, porém, também eram mais simples para a turma de Portimão: bastava o empate aos alvinegros fosse qual fosse o resultado do Feirense na casa do Estoril; enquanto que a Oliveirense tinha de vencer o jogo e esperar que o seu vizinho e eterno rival da Feira não ganhasse na visita ao Distrito de Lisboa.
Podemos dizer que a “chave” do encontro estava no banco: aos 63 minutos, Litos, técnico do Portimonense, lançou o menino Wilson Eduardo para o lugar do goleador Pires e o jovem emprestado pelo Sporting só precisou de dois minutos em campo para marcar, apontando, aos 65′, o golo que guiou de volta os algarvios ao primeiro escalão depois da descida em 1990.
Litos, importa dizer, assumiu o comando da equipa de Portimão em finais de Outubro, substituindo Lito Vidigal que entretanto saíra para o Leiria (I Liga), e encontrou um plantel que tinha nomes como Ricardo Pessoa, Pires, Rúben Fernandes, Vasco Matos, João Pedro, Ivanildo, Diogo Melo, Alê ou Anilton Júnior – Wilson Eduardo, então com 19 anos, só chegou em Janeiro depois de ter iniciado a época no Real.
Amanhã, a partir das 17h, na 3ª Eliminatória da Taça de Portugal, Oliveirense e Portimonense defrontam-se pela décima oitava vez de forma oficial, onze anos depois do encontro que terminou em festa para os forasteiros e em desilusão para os da casa, que a duas jornadas do fim, imagine-se, lideravam a II Liga…

I Liga: Arsénio, Marco Soares e Pedro Moreira não esqueceram o caminho

234657450_522299892165940_1140430360800062320_n(Arsénio, Marco Soares e Pedro Moreira estão de volta à I Liga “pela mão” do Arouca.)

O regresso do Arouca à I Liga após uma ausência de quatro épocas, fica também marcado pelos regressos ao patamar mais alto do nosso futebol de três jogadores que contribuiram para o sucesso recente dos arouquenses: Arsénio, Marco Soares e Pedro Moreira.
Os três dispensam apresentações, têm vários anos de carreira passados na nossa I Liga e até em campeonatos estrangeiros, e não tiveram reservas em dar uso à expressão “dar um passo atrás para depois poder dar dois à frente”.
Comecemos por Arsénio: o extremo, que só esteve presente na última subida, chegou a Arouca em Dezembro de 2020 para jogar na II Liga depois de uma temporada ao serviço dos sauditas do Al-Feiha. O atleta natural de Esposende, atualmente com 31 anos, somava 95 jogos na I Liga – 9 golos – entre Belenenses e Moreirense, e veio dar um – grande – contributo para a subida arouquense, apontando 5 tentos em 21 jogos.
Marco Soares, internacional A por Cabo Verde e capitão dos “tubarões azuis”, tinha atuado pela última vez na I Liga em 18/19 – tal como Arsénio – em representação do Feirense, por quem ainda iniciou a época seguinte, rescindindo no final de Agosto de 2019 para se juntar ao Arouca. O médio “pegou de estaca” então no Campeonato de Portugal, fez 22 jogos, e foi um dos “motores” da equipa que dominou a Série B e que acabaria por subir por via administrativa, devido à temporada não ter terminado pelas razões conhecidas.
Na época passada, atuou por 24 ocasiões na II Liga e voltou a ser importantíssimo em mais uma subida do Arouca, regressando ao topo do nosso futebol aos 37 anos, preparado para aumentar o seu registo que, para já, está fixado em 57 jogos e 2 golos entre Leiria e Feirense.
Por fim, Pedro Moreira, de 32 anos, deixou o Rio Ave e Portugal no fim de 17/18 com 114 jogos e 7 golos na I Liga – além dos vilacondenses também lá jogou por Boavista e Portimonense -, rumando ao Hermannstadt, da Roménia, onde só permaneceu uma época.
Sem contrato, assumiu o risco de assinar pelo Arouca em Fevereiro de 2020, para jogar no Campeonato de Portugal, acabando por atuar apenas 25 minutos devido à interrupção da temporada ter sido anunciada dias depois da sua estreia; e em 20/21 continuou de azul e amareo na II Liga, marcando 1 golo em 30 partidas e sendo mais um elemento chave na subida da sua equipa.
Arsénio, Marco Soares e Pedro Moreira são, portanto, três belos exemplos de jogadores que assumiram o risco de ir para um campeonato secundário em busca do sucesso e reconhecimento, e que, agora, voltam ao patamar que mais se condiz com as suas carreiras e qualidades.

Luís Barry: o melhor goleador da II Liga em atividade

barry(Luís Barry apontou 70 golos na II Liga, 35 deles pelo Chaves.)

Iniciou-se este sábado mais uma edição da II Liga, competição que se disputou pela primeira vez na temporada 90/91 e cujo melhor marcador da sua história é Pires, com 114 golos em dez participações com as camisolas de Vizela (1), Portimonense (4), Aves (1), Feirense (1), Moreirense (1) e Penafiel (2).
A fechar o top 3 de goleadores do segundo escalão surgem Artur Jorge (91 golos) e Marcão (82), eles que à semelhança de Pires também já se retiraram, e para encontrarmos o primeiro jogador ainda em atividade temos de “parar” no sexto classificado: Luís Barry, de 39 anos, que assinou recentemente pelo Lusitano de Vildemoinhos, faturou por 70 vezes na II Liga.
Formado maioritariamente no Ginásio de Corroios – passou pelos Juniores do Vitória FC -, Barry deu nas vistas, sobretudo, com a camisola do Atlético de Reguengos, por quem fez 50 golos em três épocas entre III Divisão e II Divisão B, e chegou à II Liga pela primeira vez em Janeiro de 2012, quase a completar 30 anos, quando assinou pelo Atlético.
Pelo histórico emblema lisboeta, o avançado fez apenas três golos em catorze jogos, mas deu início a um ciclo de sete temporadas e meia consecutivas no segundo escalão, mudando-se em 12/13 para a Oliveirense, apontando catorze golos em quarenta jogos, despertando a atenção do Chaves.
Nos flavienses, Luís Barry permaneceu durante três épocas, apontou 35 golos em 119 jogos entre 2013 e 2016, e contribuiu para o regresso do clube à I Liga após uma ausência de 17 anos, saindo depois para o Aves, por quem fez onze golos em vinte e oito partidas e subiu de divisão pela segunda temporada consecutiva.
Por fim, a passagem pela II Liga do ponta de lança natural de Corroios mas com origens inglesas, terminou ao serviço do Académico de Viseu entre 2017 e 2019: na primeira época, os viseenses lutaram pela promoção e Barry marcou por sete vezes em trinta e três jogos; e no segundo ano, o jogador não fez qualquer golo, também devido à sua utilização ter baixado numa temporada que foi dura para a sua equipa.
Agora, e depois de duas épocas ao serviço do Castro Daire no Campeonato de Portugal, Luís Barry vai então reforçar o Lusitano de Vildemoinhos, que em 21/22 disputará a Divisão de Honra da AF Viseu.

Play-Off: Paços de Ferreira e Aves foram os últimos protagonistas

AvesPacosplayoff1314(Leandro e Bebé em ação durante a primeira mão do play-off de 13/14.)

Um play-off no final da época entre equipas da I e II Liga não é algo a que estamos acostumados, porém, é um “sistema” que já funcionou muitos anos no nosso País: criado em 1945, aquilo a que chamavam de “liguilha”, durou até 1962 e sob a designação de Torneio de Competência.
Depois dessa primeira interrupção no início da década de 60, o modelo voltou entre 70/71 – 75/76 e 80/81 – 86/87; e teve dois “casos isolados” quando foi recuperado em 89/90 e, muito mais recentemente, em 13/14, agora já com o nome de Play-Off de Apuramento da Liga ZON Sagres.
Nessa última vez que o play-off vigorou no topo do nosso futebol, estiveram frente a frente Paços de Ferreira e Aves: os pacenses, orientados por Jorge Costa, terminaram a I Liga no 15º lugar e em igualdade pontual com o Olhanense que foi despromovido; e os avenses, de Fernando Valente, terminaram a II Liga no 4º lugar, atrás dos promovidos Moreirense e Penafiel, e ainda do FC Porto B, que até terminou em 2º, mas, pelas razões óbvias, não podia subir.
Numa época que seria de sonho, dado que disputou outro play-off muito mais apelativo, o da Liga dos Campeões diante do Zenit, o Paços de Ferreira nunca se conseguiu encontrar durante a época, teve três treinadores (Costinha e Henrique Calisto antecederam Jorge Costa) e nem a presença de jogadores como Bebé, Seri ou Sérgio Oliveira ajudou os “castores” a fazerem um campeonato tranquilo.
Por sua vez, o Aves, que dois anos antes tinha ficado a dois pontos de subir com Paulo Fonseca, entretanto saído para o… Paços, não teve um bom início de época, virou o campeonato na segunda metade da tabela, e fez depois uma segunda volta fantástica, ficando às portas da subida direta – perdida novamente por dois pontos para o Penafiel.
Na hora da decisão final, o estádio dos avenses recebeu a primeira mão do play-off, a 16 de Maio de 2014, numa partida que foi equilibrada e terminou sem golos; e o segundo jogo realizou-se cinco dias depois, na Mata Real, com os da casa a levarem a melhor e a vencerem por 3-1 com os golos de Bebé (25′), Seri (45′) e Minhoca (84′) a sobreporem-se ao de Fábio Martins (79′).
Um ano após ter sido 3º na Liga e se ter qualificado para a Liga dos Campeões, o Paços teve de se aplicar para alcançar a permanência via play-off contra um Aves que, é bom dizê-lo, tinha jogadores como Quim, Jorge Ribeiro e Fábio Martins, e outros nomes históricos da II Liga e do próprio clube como Grosso, Pedro Pereira, Leandro ou Tito.
Agora, sete anos depois, cabe a Rio Ave e Arouca medirem forças no regresso de um play-off que vai colocar, desta feita, frente a frente o 16º da I Liga e o 3º da II.

Onde estão os vencedores da II Liga pelo FC Porto B?

(A festa azul e branca na hora da consagração.)

A 8 de Maio de 2016, a equipa B do FC Porto festejou a conquista da II Liga, um feito inédito no futebol português e raro no futebol mundial. Cinco anos depois, onde estão os jogadores que ajudaram os portistas a ganhar a competição?

Guarda-Redes:

André Caio – Benfica de Castelo Branco
🇵🇹
João Costa – Granada 🇪🇦
José Sá – Olympiacos 🇬🇷
Raúl Gudiño – Chivas 🇲🇽

Defesas:

Chidozie – Boavista
🇵🇹
Diogo Verdasca – Beitar Jerusalém 🇮🇱
Jorge Fernandes – Vitória SC 🇵🇹
Lichnovsky – Al-Shabab 🇸🇦
Maurício – Portimonense 🇵🇹
Palmer-Brown – Áustria Viena 🇦🇹
Rafa Soares – Eibar 🇪🇦
Rodrigo – PAOK 🇬🇷
Ronan – Altos 🇧🇷
Victor García – Alcorcón 🇪🇦

Médios:

Enrick – Retirado
❎
Fede Varela – CSKA Sofia 🇧🇬
Francisco Ramos – Nacional 🇵🇹
João Graça – Mafra 🇵🇹
Mikel – Vitória SC 🇵🇹
Nassim – Granville 🇨🇵
Omar Govea – Zulte Waregem 🇧🇪
Pité – Arouca 🇵🇹
Rui Moreira – Varzim 🇵🇹
Tomás Podstawski – Pogon 🇮🇩

Avançados:

André Silva – Eintracht Frankfurt
🇩🇪
Chikhaoui – Monastir 🇹🇳
Cláudio – Marinhense 🇵🇹
Gleison – Sp. Covilhã 🇵🇹
Idrisa Sambú – Gaz Metan 🇷🇴
Ismael Díaz – Tauro 🇵🇦
Leonardo Ruiz – Logroñés 🇪🇦
Rúben Macedo – Marítimo 🇵🇹
Rui Pedro – Penafiel 🇵🇹
Sérgio Ribeiro – Universitatea Cluj 🇷🇴

Treinador:
Luís Castro – Shakhtar Donetsk 🇺🇦

Gilberto: a referência do Covilhã que chegou aos 300 jogos pelo clube na II Liga

gilberto(Gilberto é um dos capitães do Sp. Covilhã, clube onde joga desde 2012.)

Ao serviço do Sporting da Covilhã desde 2012, o médio Gilberto atingiu, na passada sexta-feira, a fantástica e expressiva marca de 300 jogos com a camisola dos “Leões da Serra” apenas na II Liga.
Tal aconteceu no desafio contra a Académica, que terminou empatado a uma bola, e teve ainda outra particularidade: além de cumprir o jogo 300 pelos serranos no segundo escalão, coube a Gilberto fazer o golo da sua equipa, aumentando assim para oito tentos o seu registo na atual edição da denominada LigaPro.
Naquela que é a nona temporada consecutiva ao serviço dos covilhanenses, o futebolista, se olharmos a todas as competições, soma, até ao momento, 351 jogos pelos verde e brancos, nos quais já fez 20 golos – 16 na II Liga -, números que dizem bem da sua regularidade e importância na equipa ao longo de todos estes anos.
Para encontrarmos a estreia de Gilberto pelo Sp. Covilhã no segundo escalão temos então de recuar até 12 de Agosto de 2012: na jornada inaugural do campeonato, o médio alinhou de início na deslocação ao terreno do Varzim, casa emprestada do Vitória SC – B, numa partida que terminou empatada sem golos.
E dez dias depois, a 22 de Agosto, o atleta estreou-se a marcar pelo Covilhã, abrindo o ativo na deslocação a Rio Maior, casa emprestada do Sporting B, perante uma equipa de “leõezinhos” que tinha, entre outros, João Mário, Tobias Figueiredo, Esgaio, Bruma ou Iuri Medeiros – os sportinguistas acabaram por vencer por 2-1.
Formado maioritariamente no Boavista, por quem jogou muitas vezes na I Liga a lateral sob o comando de Jaime Pacheco, Gilberto estreou-se, de resto, na II Liga ao serviço dos axadrezados tendo feito 30 jogos em 08/09, pelo que soma agora 330 jogos no segundo escalão divididos entre boavisteiros e covilhanenses.
Atualmente com 34 anos, Gilberto deixou o Bessa em 2009 para rumar ao Ermis Aradippou, de Chipre, e quando voltou a Portugal, nos últimos meses de 2011, fê-lo com a camisola do Oliveira de Frades, então na extinta III Divisão, onde provou que tinha claramente capacidade para “voos mais altos”, rumando depois ao Covilhã.
Agora, quase nove anos depois de ter assinado pelos serranos, Gilberto é já uma das grandes referências do clube, a par de Igor Araújo e Joel Vital, que estão no Covilhã desde 2006 e 2013 respetivamente.

Ricardo, o goleador – parte II

ricardo(Ricardo já foi eleito o melhor jogador em campo por quatro vezes na atual edição da II Liga. Créditos da foto: Varzim SC.)

O passado sábado ficou marcado por (pelo menos que se saiba) dois golos de guarda-redes: o marroquino Bono, do Sevilha, fez o golo do empate da sua equipa diante do Valladolid; e o português Ricardo, do Varzim, marcou ao Mafra.
Se Yassine Bounou, conhecido por Bono, subiu à área contrária já nos descontos para tentar que os sevilhistas chegassem à igualdade e encostou, à ponta de lança, após um ressalto; Ricardo fê-lo de maneira diferente, como é do conhecimento público, e voltou a marcar de baliza a baliza praticamente quinze anos depois de o ter feito pela primeira vez.
Isso mesmo: o guardião poveiro não é nenhum estreante nestas façanhas pois a 25 de Março de 2006, exatamente ao serviço do Varzim e igualmente na II Liga, fez um golo de baliza a baliza ao Moreirense, também na Póvoa, numa partida que terminou com triunfo da sua equipa por… 1-0 na 28ª Jornada.
Curiosamente, na baliza dos cónegos estava Palatsi, que dois anos antes, ao serviço do Vitória SC, tinha marcado de baliza a baliza ao… Moreirense, e que nos tempos de Beira-Mar chegou a marcar por duas vezes na I Liga, ambas na conversão de grandes penalidades – e ao serviço dos vimaranenses desperdiçou um penalti no Bessa.
Desta vez, Ricardo não “resolveu” o jogo sozinho, tendo assinado o 2-0 final ao minuto 53, depois de Nélson Agra ter aberto o marcador aos 37′, vitória que permitiu ao Varzim “respirar melhor” na II Liga, pois está agora a apenas dois pontos de deixar a zona de descida – neste momento é 17º classificado com 21 pontos, os mesmos do FC Porto B, a quem venceu os dois jogos por 1-0.
Atualmente com 38 anos, Ricardo, poveiro de gema, voltou esta temporada ao Varzim, clube onde fez a sua formação e por quem já tinha alinhado quatro épocas na II Liga (2003 a 2007), ele que, recordo, já representou Académica, U. Leiria, FC Porto, Vitória FC e D. Chaves, e que não há muito tempo superou, felizmente, um problema oncológico.