A ternura dos 40

(João Paulo, Hugo Machado, Everton e José Fonte são 4 futebolistas que continuam em atividade para lá dos 40 anos.)

Quando pensamos em longevidade no futebol atual, o primeiro exemplo de que nos lembramos é Pepe: aos 41 anos, o central do FC Porto continua a provar dentro de campo que o rendimento nada tem a ver com a idade e é o nome mais famoso de um grupo de vários “quarentões” que continua no ativo.
Da I Liga aos Distritais, existem pelo menos 17 futebolistas que começaram ou acabam esta época já com 40 ou mais anos, sendo que nesta contagem não estão incluídos jogadores que nunca atuaram em campeonatos profissionais, pois caso assim fosse a lista seria bem maior.
Por isso, e de forma a reconhecer-lhes o mérito pelas carreiras e longevidade, a nossa página publica hoje um artigo onde apresenta todos esses 17 atletas, num “plantel” que além de Pepe conta ainda com nomes como João Paulo, José Fonte, Ricardo Nunes, Cássio, Kieszek ou Nenê.

Nelsinho – 44 anos (28/07/1979)

O mais velho desta lista. Nelsinho demonstrou durante alguns anos, especialmente ao serviço do Varzim, que a sua qualidade podia e devia ter chegado para que tivesse feito outra carreira. Formado no Vizela, clube pelo qual se estreou como sénior na II Divisão B, destacou-se principalmente no Fafe, o que lhe valeu a transferência para o Sp. Braga em 2004. Cedido ao Estrela da Amadora a meio da época, voltou a Fafe em 05/06 e passou depois por Trofense, Gondomar, Estoril e Ribeirão até se consolidar no Varzim durante várias épocas, tendo tido, inclusive, 3 passagens pelos poveiros. No Verão de 2019, já com 40 anos, rumou ao Leça, onde esteve duas temporadas; em 21/22 representou o Salgueiros; e em 2022 voltou ao Estádio do Passal para vestir a camisola do refundado Ribeirão, clube que ajudou a subir ao Campeonato de Portugal e por quem fez 13 jogos na atual época. No entanto, o médio ofensivo “pendurou as chuteiras” durante esta temporada e passou a treinador dos famalicenses, experiência que acabou por durar pouco tempo, tendo deixado o cargo no início de Fevereiro.

Cássio – 43 anos (12/08/1980)

Originário do Rio de Janeiro, o guarda-redes passou por vários clubes da sua cidade, entre eles o Vasco da Gama, até chegar a Portugal em 2008 para representar o Paços de Ferreira. Em 5 anos nos pacenses, disputou uma final da Taça de Portugal, uma Supertaça e uma final da Taça da Liga, e contribuiu decisivamente para o 3º lugar em 12/13 que valeu o apuramento inédito para a Liga dos Campeões, rubricando nesse período exibições que levaram o Sp. Braga a avançar para a sua contratação no Verão de 2013. No entanto, o “carioca” rescindiu com os minhotos ainda em Julho e assinou pelo Arouca, transferindo-se no ano seguinte para o Rio Ave, clube onde esteve 4 épocas e que deixou em 2018 para rumar ao Al-Taawoun da Arábia Saudita, num tempo em que aquele País ainda não estava na moda futebolística. Na temporada passada, após 4 anos em Buraydah, regressou ao nosso País para representar o Felgueiras, tendo-se mudado esta época para o Paredes do Campeonato de Portugal.

João Paulo – 42 anos (06/06/1981)

Produto da formação da União de Leiria, que o recrutou ao “vizinho” Portomosense nos Iniciados, João Paulo estreou-se pela equipa principal leiriense na I Divisão ainda com idade de Júnior e em 00/01 foi cedido ao União de Tomar, da III Divisão, convencendo depois José Mourinho a dar-lhe um lugar no plantel de 01/02. Após se afirmar como titular na época seguinte, rumou logo por empréstimo ao Sporting a meio de 02/03, mas os “leões” não o compraram e no final da temporada voltou a casa para mais 3 belíssimos anos que lhe permitiram chegar a outro “grande”: FC Porto. No Dragão, apesar de não ser opção com regularidade, conquistou 2 Campeonatos em duas temporadas ao lado de Pepe, e posteriormente passou por Rapid Bucareste (Roménia), Le Mans (França), Vitória SC e também pelos cipriotas Omonia, Apollon Limassol e AEL Limassol, regressando em definitivo a Portugal em 16/17 para representar o Marinhense nos Distritais da AF Leiria. Ao longo de 3 épocas na Marinha Grande, foi duas vezes Campeão Distrital, deixou de ser central para jogar a… ponta de lança, e em 2019 mudou-se para o Castrense, clube que representou até esta temporada no Distrital da AF Beja e por quem terminou recentemente a carreira.

nene(Nenê deverá ser eleito o Melhor Jogador da II Liga, estando também muito perto de confirmar o título de Melhor Marcador da competição.)

Luís Barry – 42 anos (30/01/1982)

Natural de Corroios com descendência inglesa, Luís Barry começou a jogar no Ginásio local até chegar aos Juniores do Vitória FC. Como sénior, o ponta de lança passou várias épocas entre os Distritais e os Nacionais entre Samouquense, Redondense, Lusitano de Évora e Atlético de Reguengos, sendo que foi ao serviço deste último que se destacou com muitos golos, chegando ao Atlético da II Liga a meio de 11/12 quando até representava o Redondense. Da Tapadinha mudou-se para a Oliveirense na época seguinte; daí seguiu para Chaves ao fim de um ano; e atuou ainda na II Liga por Aves e Académico de Viseu, tendo subido de forma consecutiva ao primeiro escalão por transmontanos (15/16) e avenses (16/17) sempre como um dos melhores goleadores das equipas, porém, nunca teve a oportunidade de se estrear ao mais alto nível. Em 2019 prosseguiu a carreira no Campeonato de Portugal ao serviço do Castro Daire, e em 2021 mudou-se para o Lusitano de Vildemoinhos, emblema que continua a representar nos Distritais da AF Viseu.

Bobô – 42 anos (20/03/1982)

Irmão de Detinho, possante avançado que se destacou no Leixões e que chegou a representar o Campomaiorense na I Divisão, Bobô entrou no nosso futebol precisamente através dos Juniores do clube alentejano, e passou várias épocas entre os Campeonatos Nacionais e Distritais em representação de Elvas, Terrugem, AD Nogueirense, Mileu, Sátão, Sanjoanense, Moreirense e Fafe. Reforço do Boavista em 13/14 para disputar o CNS, o ponta de lança brasileiro seguiu com os axadrezados para a I Liga na época seguinte, fruto da decisão administrativa, e rapidamente voltou aos escalões amadores onde vestiu as camisolas de São Martinho, Tirsense, Vilarinho e Serzedelo. No Verão passado assinou pelo Tagilde, que disputa a 3ª e última divisão da AF Braga, e foi sem surpresa o melhor marcador da equipa com 18 golos.

Hugo Machado – 41 anos (04/07/1982)

Formado no Sporting, onde foi colega de outro jogador desta lista, José Fonte, o médio ofensivo natural de Lisboa passou pela equipa B dos leões antes de fazer carreira fora de Alvalade: emprestado ao Estrela da Amadora – coincidiu com Nelsinho – e ao Barreirense, emigrou para o Chipre em 2006, onde alinhou por Apollon Limassol, Olympiacos Nicósia e Alki Larnaca até se mudar para o Standard Sumgayit do Azerbaijão em 2009. Em 10/11 teve a sua única experiência na nossa I Liga, com a camisola da Naval, mas rapidamente tornou a sair do País, passando por Irão (Zob Ahan e Sanat Naft), Índia (Churchill Brothers) e Grécia (Kallithea, Chania, OFI Creta e Olympiacos Volou) até 2017. Figura do Campeonato de Portugal durante algumas épocas por Oriental, Real, Loures e Cova da Piedade, retornou ao emblema orientalista em 2021 e por lá ficou até agora, afirmando-se como a figura da equipa: 7 golos em 21/22; 12 em 22/23; e mais 8 esta época naquela que foi a sua despedida do emblema de Marvila. Falta ainda dizer que, nas duas últimas temporadas, Hugo Machado teve como companheiro de equipa o… próprio filho, também ele Hugo Machado.

Ricardo Nunes – 41 anos (06/07/1982)

Nascido na Póvoa de Varzim, fez formação no emblema poveiro e estreou-se no futebol sénior pelo Fradelos nos Distritais da AF Braga, tendo tido a oportunidade de voltar ao clube da sua cidade e ser profissional em 2003. Após cumprir 4 épocas pelos “Lobos do Mar” na II Liga, mudou-se para a Académica em 2007, foi emprestado à União de Leiria em 08/09, e mais tarde assumiu a titularidade na “Briosa”, destacando-se a ponto de reforçar o FC Porto em 2014. Sem espaço nos “dragões” – o máximo que conseguiu foi disputar 11 jogos pela equipa B -, esteve cedido a Vitória FC e Chaves, assinando depois em definitivo com os flavienses, clube que representava quando teve de enfrentar um grave problema de saúde que, felizmente, venceu. Em 2020 voltou ao Varzim com o objetivo de terminar a carreira onde tudo começou e esta época cumpriu esse desejo, embora mais cedo do que pensava: com os poveiros a viverem uma crise diretiva, o guarda-redes decidiu “pendurar as luvas” e assumir a candidatura à presidência do clube, tendo feito o seu último jogo no passado dia 7 de Abril diante do Lusitânia de Lourosa (4-3) na 8ª Jornada da fase de subida à II Liga.

kieszek(Kieszek tem uma longa ligação a Portugal e esta época foi peça importante na campanha da União de Leiria na II Liga.)

Pepe – 41 anos (26/02/1983)

O nome mais conceituado deste “plantel de quarentões”. Com uma história e carreira que dispensam apresentações, o central continua a encantar o Mundo do futebol com exibições soberbas aos 41 anos, tal como aconteceu há pouco tempo no Emirates diante do Arsenal a contar para os Oitavos-de-Final da Champions. Reforço do Marítimo B em 2001 proveniente do Corinthians Alagoano, impôs-se de forma natural na primeira equipa dos insulares e em 2004 foi vendido ao FC Porto. Após 3 épocas no Dragão foi transferido para o Real Madrid, onde esteve “apenas e só” 10 temporadas, e em 2017 rumou ao Besiktas, com quem rescindiu em Dezembro do ano seguinte. Anunciado pelo FC Porto a 8 de Janeiro de 2019, continua a ser um dos elementos mais preponderantes na equipa de Sérgio Conceição, mantendo-se a incerteza quanto à sua renovação, uma vez que termina contrato em Junho. No seu curriculum estão, por exemplo, um Europeu e uma Liga das Nações pela nossa Seleção; 3 Ligas dos Campeões, 2 Mundiais de Clubes e duas Supertaças Europeias ganhas ao serviço do Real Madrid; e uma Taça Intercontinental conquistada pelo FC Porto.

Everton – 40 anos (08/06/1983)

Ponta de lança nascido em São Paulo, representou emblemas de pequena dimensão do seu Estado até chamar a atenção dos neerlandeses do Heracles em 2006. Contratado ao Barueri por 100 mil euros, passou 7 temporadas em Almelo, ao longo das quais apontou 70 golos só na Eredivisie, e ganhou o estatuto de lenda do clube, sendo, ainda hoje, o melhor marcador estrangeiro da história do Heracles. Após passagens por Arábia Saudita (Al-Nassr) e China (Nanchang), voltou ao Brasil em 2016 e vestiu as camisolas de Rio Claro, Guarani, Ituano e XV Piracicaba até decidir radicar-se em Portugal no ano de 2018. Reforço do Cinfães para o Campeonato de Portugal 18/19, alinhou depois no mesmo escalão por Paredes e Pedras Rubras, e nas últimas 3 épocas tem-se dedicado a fazer golos na Divisão de Elite da AF Aveiro: 29 pelo Paivense em 21/22; 19 pelo Lobão em 22/23; e, para já, 17 pela histórica Ovarense na presente temporada, sendo que, ao que tudo indica, esta será a sua última experiência enquanto futebolista.

Nenê – 40 anos (28/07/1983)

O mais forte candidato a vencer o Prémio de Melhor Jogador da II Liga na presente temporada, continua a provar que a idade não define rendimento. Com carreira iniciada no São Bento de Sorocaba, a sua terra natal, deu nas vistas no desconhecido Riachuelo, daí “saltou” para a Série A do Brasileirão por intermédio do Santa Cruz em 2006, e no ano seguinte reforçou o Cruzeiro. No Verão de 2008 trocou Belo Horizonte pelo Funchal e fez 25 golos em 38 jogos pelo Nacional no total das competições, sendo que 20 foram na I Liga e fizeram dele o melhor marcador do campeonato. Vendido ao Cagliari em 2009, passou depois 9 anos em Itália, onde também representou Hellas Verona, Spezia e Bari até regressar a Portugal em 2018 “pela porta” do Moreirense. Em 20/21 rumou ao Leixões, nas duas últimas épocas atuou no Vilafranquense, e esta temporada é a grande figura do AVS, somando, até ao momento, 25 golos em 31 partidas em todas as competições, 23 deles na II Liga – é praticamente certo que será o melhor marcador da prova, uma vez que Wendel Silva, do FC Porto B, tem menos 5 tentos quando falta apenas uma jornada.

galo(Reforço do Fiães em Janeiro, Diego Galo voltou esta época aos relvados após ter estado sem jogar na temporada passada.)

José Fonte – 40 anos (22/12/1983)

Exemplo de longevidade e perseverança, o central Campeão da Europa por Portugal em 2016 dividiu a formação entre Penafiel, Sacavenense e Sporting, tendo sido promovido à equipa B leonina quando atingiu a idade sénior. Sem clube em 2004, tinha tudo acertado para jogar no Salgueiros, mas a queda administrativa do clube levou-o para o Felgueiras, da II Liga, onde se destacou e chamou a atenção do Vitória FC. Ao fim de meia época no Bonfim foi contratado pelo Benfica, cedido primeiro ao Paços de Ferreira e depois ao Estrela da Amadora, e em 2007 tomou a decisão que lhe mudou a vida. Reforço do Crystal Palace, que estava no Championship, até caiu com os “eagles” para a League One, mas a meio de 09/10 transferiu-se para o Southampton da mesma divisão, tornando-se um ídolo e ajudando os “saints” a “escalarem” até à Premier League. Posteriormente passou pelo West Ham e pelos chineses do Dalian até se fixar durante 5 anos no Lille, por quem foi Campeão Francês, e esta época voltou a Portugal 16 anos depois para representar o Sp. Braga, tendo festejado a entrada nos “entas” já como atleta dos minhotos.

Rafael Defendi – 40 anos (22/12/1983)

Associado automaticamente ao Paços de Ferreira, clube que mais tempo representou em Portugal, o guarda-redes nascido em Ribeirão Preto, Estado de São Paulo, passou pela formação de emblemas como Botafogo ou Santos e teve a primeira experiência em terras lusas na época 07/08, quando foi cedido pelo Anápolis ao Aves da II Liga. Regressado ao Brasil no final desse empréstimo, foi depois contratado pelos pacenses em 2014, esteve 4 épocas na Mata Real, e posteriormente alinhou por Famalicão e Farense, clubes onde se revelou um autêntico “talismã”, pois contribuiu para as subidas à I Liga em 18/19 e 22/23 respetivamente. Após ter começado a presente temporada sem clube, reforçou o Vila Meã do Campeonato de Portugal em Novembro, mas não conseguiu evitar a descida de divisão. E não, não há engano na data de nascimento: ele e José Fonte nasceram precisamente no mesmo dia. Coincidência ou presságio?

Diego Galo – 40 anos (14/01/1984)

Vencedor da Taça da Liga pelo Moreirense e da Taça de Portugal pelo Aves em épocas consecutivas (16/17 e 17/18), o central brasileiro tem ainda a particularidade de ter jogado em todos as divisões possíveis no nosso País desde os Distritais à I Liga, incluindo Campeonato de Portugal, Liga 3 e as já extintas III Divisão e II Divisão Nacional. Nascido em Diadema, arredores de São Paulo, chegou a Portugal em 2008 proveniente do modesto Osvaldo Cruz FC para representar o Tondela que disputava o quarto escalão, e não mais saiu, tendo feito um bonito trajeto no qual passou ainda por Oliveirense, Arouca, União da Madeira, Chaves e União de Leiria. Após deixar os leirienses no Verão de 2022, pensava-se que tinha terminado a carreira, porém, esta época voltou a calçar as chuteiras ao serviço do Cesarense na Divisão de Elite da AF Aveiro, mudando-se em Janeiro para o Fiães que disputa o mesmo campeonato.

Rui Miguel – 40 anos (30/01/1984)

Ponta de lança totalmente formado na Académica, passou uma época na equipa B da Briosa e outra emprestado ao Pombal, ambas na II Divisão B, antes de se estrear oficialmente pela primeira equipa dos “estudantes” em 05/06. Em 2008, já depos de ter passado duas temporadas cedido ao Tourizense, saiu para a Bulgária por intermédio do Lokomotiv Mezdra e ao fim de meio ano chegou ao “gigante” CSKA Sófia, clube que deixou já com 10/11 em andamento para reforçar os escoceses do Kilmarnock. No final dessa temporada encerrou definitivamente o capítulo de emigrante e regressou à Académica a tempo de conquistar a Taça de Portugal em 2012, representando posteriormente, até 17/18, Penafiel (duas passagens), Moreirense e Gil Vicente nas Ligas profissionais – em 16/17 vestiu novamente a camisola da sua Briosa. Desafiado a prosseguir a carreira nos Distritais da AF Coimbra pelo Sourense durante 18/19, esteve depois no Pampilhosa da AF Aveiro entre 2019 e 2021, nas duas últimas temporadas alinhou pelo refundado União de Coimbra, que ajudou a subir ao Campeonato de Portugal no ano passado, e esta época voltou ao Sourense que continua no Distrital, tendo já tornado público o final da sua carreira.

ruimiguel(Normalmente associado à Académica, Rui Miguel ajudou a “Briosa” a conquistar a Taça de Portugal na temporada 11/12.)

Kieszek – 40 anos (16/04/1984)

O polaco mais português que existe, continua, aos 40 anos, a “encher a baliza”. Natural de Varsóvia, Pawel Kieszek despontou num clube que tem justamente o nome do seu País e da sua cidade, Polónia Varsóvia, e esteve emprestado aos gregos do Egaleo antes de chegar a Portugal no Verão de 2007 para representar o Sp. Braga. Cedido ao Vitória FC a meio de 08/09, nunca se impôs nos bracarenses ao longo de 3 anos, e foi por isso com surpresa que em 2010 reforçou o… FC Porto, por quem ganhou o Campeonato e a Taça de Portugal – como não jogou na Liga Europa não é considerado vencedor da competição. Emprestado pelos “dragões” aos neerlandeses do Roda em 11/12, cumpriu depois 4 épocas em solo luso, mais duas em Setúbal e outras tantas no Estoril; entre 2016 e 2019 andou por Espanha ao serviço de Córdoba e Málaga; regressou cá para mais 2 anos agora com a camisola do Rio Ave; em 21/22 retornou à Polónia para jogar no Wisla Cracóvia; e em Dezembro de 2022 foi anunciado como reforço da União de Leiria, tendo primeiro contribuído para a subida à II Liga, e esta época assumiu um papel preponderante na permanência do clube no segundo escalão.

Igor Rocha – 40 anos (03/05/1984)

Natural de Vila Nova de Gaia, começou o seu trajeto no Avintes e daí mudou-se para o Boavista nos Iniciados, completando depois a formação já com contrato profissional assinado com os “axadrezados”. Emprestado a Ribeirão (duas vezes), União de Lamas e Dragões Sandinenses, o lateral esquerdo que nos últimos anos passou para central só cumpriu meia época na equipa principal boavisteira, na segunda metade de 05/06, e em 2007 assinou pela Naval, então na I Liga, prosseguindo a sua carreira nos campeonatos profissionais ao serviço de Trofense, Vitória FC, Santa Clara e Feirense. Em 2018 rumou ao Vizela, do Campeonato de Portugal, mantendo-se posteriormente nessa competição com as camisolas de Fátima, Valadares Gaia e Gondomar. Na temporada passada estreou-se nos Distritais pelo Oliveira do Douro, emblema que ajudou a subir de divisão, e esta época voltou ao Campeonato de Portugal pelos azuis e brancos.

Hélder Cabral – 40 anos (07/05/1984)

Após cumprir grande parte da formação no Peniche, o lateral esquerdo saltou para os Juniores do Sporting e viria a terminar o seu processo formativo no Vitória SC, emblema pelo qual assinou contrato profissional. Cedido a Sandinenses, Valdevez e Moreirense, teve uma primeira passagem pela equipa principal vimaranense na primeira metade de 05/06 e fixou-se em definitivo na temporada seguinte, contribuindo para o regresso do clube à I Liga. Reforço do Estrela da Amadora em 2007, rumou à Dinamarca em 08/09 para representar o Vejle BK, mas a meio dessa época voltou a Portugal para jogar na Académica, tendo depois passado pelo Chipre (APOEL e Omonia) e também por Vitória FC (I Liga) e Olhanense (II Liga). Em 2017 aceitou o convite do Lusitano de Évora para jogar nos Distritais e é nesse escalão que se mantém até à data: depois do Estrela de Vendas Novas em 18/19, rumou ao Comércio e Indústria para 19/20 e não mais saiu, sendo, claro, uma das grandes figuras da equipa que luta atualmente pela subida ao Campeonato de Portugal.