Márcio Meira: “Conseguimos cumprir os objetivos de forma tranquila”

Márcio Meira(Ao serviço do Armacenenses pela segunda época consecutiva, Márcio Meira fez trinta e seis jogos e marcou dez golos entre Campeonato e Taça de Portugal.)

A competir pelo terceiro ano consecutivo no Campeonato de Portugal, o Armacenenses fez um campeonato tranquilo e assegurou a permanência sem grandes dificuldades.
O clube de Armação de Pêra, no Algarve, deu também cartas na Taça de Portugal, tendo chegado à terceira eliminatória, onde acabou afastado, em casa, pelo Vitória de Setúbal, que “suou” para vencer por 1-2.
O blog falou com Márcio Meira, médio ofensivo e capitão de equipa, que começou por efetuar um resumo daquilo que foi a temporada:
“Foi uma época muito positiva, pois conseguimos cumprir os objetivos propostos de forma tranquila e sem sobressaltos. Foi a época em que o clube obteve a maior pontuação desde que se encontra neste Campeonato. Fizemos também história ao chegar à 3ª Eliminatória da Taça de Portugal, onde, pela primeira vez, o clube defrontou uma equipa da Primeira Divisão”, contou.
Inicialmente orientada por Calú, a formação algarvia teve um bom início de campeonato, chegou a ser quinta classificada, mas entre as Jornadas 17 e 22 não venceu qualquer jogo, o que motivou uma troca de treinador.
Com a chegada de Marito ao comando da equipa, o Armacenenses voltou aos triunfos, alcançando uma série de quatro vitórias consecutivas entre as Jornadas 25 e 28, que praticamente confirmaram a permanência do clube no CNS.
Márcio Meira salienta que ambos os treinadores fizeram o que achavam melhor para a equipa, mas, no futebol, já se sabe, quando não há resultados, os treinadores acabam quase sempre por arcarem com as consequências:
“Ambos os treinadores fizeram o que achavam melhor para a equipa, mas, infelizmente, no futebol, quando os resultados não aparecem, os treinadores são quase sempre apontados como os responsáveis. Com a entrada do Mister Marito, houve algumas alterações táticas importantes, mas o factor chave foi o aumento da intensidade nos treinos e a mudança de atitude e motivação extra que uma troca de treinador geralmente provoca”, afirmou.
Na época em que disputou mais jogos no Campeonato de Portugal, o clube algarvio bateu, como disse Márcio Meira, o seu recorde pontual: fez 51 pontos – acabou no oitavo lugar -, superando os 44 da temporada passada e muito longe dos 27 que havia feito na sua época de estreia no terceiro escalão do futebol português.
Em 34 Jornadas na Série D do CP,  o Armacenenses somou treze vitórias, doze empates e nove derrotas, apontou quarenta e dois golos e sofreu quarenta e quatro. A juntar a isto, na Taça de Portugal, em três jogos, a equipa teve duas vitórias e uma derrota, e registou sete golos marcados contra três sofridos.
Questionado sobre os momentos da época, o capitão de equipa não tem dúvidas em referir o encontro com o Vitória de Setúbal como o momento mais alto da temporada, enquanto que, em sentido contrário, aponta à série de jogos que a equipa esteve sem vencer:
“O melhor momento da época foi chegar à terceira eliminatória da Taça de Portugal, defrontando o Vitória de Setúbal, conseguindo jogar de igual para igual, e disputando a eliminatória até ao último minuto. O pior momento foi estar oito jogos sem vencer, uma fase que tardava em passar, apesar do esforço e dedicação da equipa”, elegeu.
O nome de Márcio Meira foi dos que mais esteve em evidência na Série D do Campeonato de Portugal, a começar porque fez nove golos em trinta e três jogos e foi o segundo melhor marcador da sua equipa, e depois porque lhe é reconhecida qualidade para jogar em palcos superiores.
Com a próxima época aí à porta, o atleta confessa que tem recebido algumas propostas, mas que ainda não definiu o seu futuro, não escondendo a ambição de chegar à I Liga:
“Ainda não tenho nada definido. Têm surgido algumas propostas, mas ainda está tudo em aberto. Tenho a ambição de chegar a uma Primeira Liga. Como objectivo imediato, pretendo jogar num campeonato profissional”, concluiu.
Aos 25 anos, o criativo jogador nascido em Guimarães, começou a jogar nas Escolinhas do Selho, transferiu-se para o Vitória de Guimarães, onde esteve cinco épocas, entre Escolinhas e Iniciados, saiu para o Vizela, clube que representou dos Iniciados aos Juniores, e no seu último ano de formação, esteve ao serviço do Farense. Subido a sénior, passou por 11 Esperanças, Lusitano VRSA e Louletano, antes de chegar ao Armacenenses na temporada anterior.

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